quinta-feira, 8 de julho de 2010

Canto da saudade

Lembrar-me-ia se me fizesse outrora, carinhos
Pensar em teus beijos, se já não bastasse imaginação
Sonhar seria deveras prazeroso, se não apertasse o coração
Pesar eu sinto e vejo, tristeza, falta-me teu fascínio

Ah! Solidão!
Companheira dessas horas mal dormidas
Que me fazes de mal,
Senão lembrar-me ainda mais de mulher tal?

Se fosses meu delírio, Talvez poderia me resolver!
Com um manto negro a me cobrir, estas a me sucumbir!
Apelo a ti, sagrada memoria, Traga-a de volta!
Pois so assim nao iria perecer!

Ah! Flor da manha! nao faças tal!
Teu Perfume exala a minha mais sincera admiração!
Um aroma tao suave, que nao poderia me fazer mais mal!
Faz-me sobrevoar minhas lembanças em busca daquela canção!

Essas notas que resvalam no silencioso ambiente,
Quem poderia as domar como leões?
Senao a bela musica que aquele dia, lembro-me, nao me foges a mente,
Embalou nossos corações?

Ah! Vida! Eu lhe imploro!
Dê-me mais uma oportunidade, se quiseres, mais
De estar um pouquinho ao lado de quem pela presença eu oro!
Aquele menina, de olhos mel, cabelos negros e pele tão macia
Que com beleza tão rara, erradia o meu dia!

Fevereiro - 2010

Um comentário:

  1. li aqui uma bela canção
    ao som de um violão
    na janela de tal mulher

    (P.)

    ResponderExcluir