sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nossa cadeira

Nossa! como tem gente nessa história!
Nossa vida sempre igual
Necessitado de glória
Não me serve nem mural.

Nisso se baseia meu dilema:
Nosso amor já não me agrada
Nem se estivesse em Ipanema!
Não, não quero mais nada.

Negarei o fato, desacato!
Negarei a morte, pura sorte!
Negarei você, que se mostra na TV!
Negarei a vida, que ficará rendida!

Na verdade tenho que admitir
Nessa cadeira já não encaixo
Nunca deverei ao devir
Nem nunca mais me abaixo!

Nossa cadeira é confortável,
Nossa cama agradável,
Nosso quarto muito amado,
Nosso cérebro, mofado!

Nisso nos tranformamos: Meros Conformados!

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