quinta-feira, 3 de maio de 2012

Diálogo de um monólogo

Alma, querida minha
Sei que estás quieta num canto
Choras em silêncio teu pranto
E esperas na quietude um recanto

Olha pra dentro de mim
Que pra ti é mais fácil que pra mim

Onde vivestes tua glória?
Onde depositastes teu baú de lembranças?
E o de tesouros?

Guardas lembranças minhas?
Podes me dizer se amei?
Podes dizer quem eu sou?

É bem verdade que na minha quietude e solidão
Conheci um novo Eu
Repleto de falhas e pecados

Sabes de uma solução?
Oh, alma minha
Que fazes a conexão
Com a alma de Deus

Podes me dizer se Ele ouve minha dor?



Mente minha, que mente mas nem sente,
Sente apenas a dor de sua mentira?

Me explica o que se passa em ti
Talvez me ajude a compreende o que se passa comigo
Sei que estás longe em suas viagens
És turista desse mundo

Quando resolveres voltar, por favor eu lhe peço
Traga-me uma resposta de souvenir!



Coração amado,
Sinto por te deixares de lado
Bem sei eu muito bem
Que estás todo machucado

Diga-me coração,
Já cansaste de tomar decisão?

Se tu, em plena sintonia
À minh'alma e mente for,
Não bem sabes que viverás em harmonia?

Sei que és criança
E ainda precisa apanhar
Mas ouça-me, coração
E repita em humildade,
comigo essa oração:

"Espírito que habitas em mim,
Que com gemidos inexprimíveis  intercede,
Fales com o Pai celestial
E peça-Lhe que nos acalme."

Em reverência,

Eu.

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