domingo, 11 de agosto de 2013

Alquimia, Universo e Salvação

"Não existe almoço grátis!" - Começa meu professor de bioquímica em sua aula sobre Termodinâmica. Tudo tem seu preço. Desde o seu almoço até uma "simples" reação química. Tudo depende e gasta Energia. Esse é o preço cobrado pelo Universo.
Os alquimistas já sabiam disso na idade média. Com sua já rebuscada filosofia, conceberam uma ideia, mais especificamente na forma de um objeto, que seria capaz de contornar o preço cobrado para se realizar qualquer coisa. Deram um nome a essa ideia/objeto: Pedra Filosofal.
A pedra filosofal não é uma busca apenas dos alquimistas. É a busca da humanidade. Essa raça, estranha, capaz de pensar além do que se vê. Capaz de construir e destruir o mundo. Capaz, sempre um potencial, sempre um possível. E é exatamente por isso, que conseguimos pensar em algo que saia do sistema monetário do universo. "Porque é possível" - grita a nossa alma desde o início dos tempos.
Tudo sempre girou nessa questão fundamental: Como vencer o Universo?
O marketing parece que aprendeu a lição. O que mais querem os humanos, senão aquilo que é de graça?
"De graça até injeção na testa!" - já dizia meu tio-avô sem saber que por trás dessa simples frase se residia um dos mistérios da vida. E é disso que escrevo. Daquilo que é de graça: A própria Graça! Encarnada num riso de uma criança que, simplesmente, achou graça do palhaço ou estampado no olhar de um pai que recebe um presente de seu filho.
De fato, só existe uma única coisa que é realmente de Graça nesse universo: a Salvação. Que outra coisa seria? Senão aquilo que nos livra de ter que pagar a fiança?
A única coisa que nos salva de ter que pagar a lei máxima do universo, da física, da termodinâmica, que foge a lei da ação-reação, que não obedece gravidade, que é a pedra filosofal, que é a busca eterna do homem é justamente de graça. E que outra palavra pra descrevê-la, senão Graça?



Já dizia The Cranberries: Salvation is Free!

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