sexta-feira, 10 de julho de 2015

A cachoeira que brota do mar

Algo acontece
No buraco precoce
Pagamento da sorte
Onde a vida, que aposta
Paga o preço da morte

No chão que se abre
Brota-se a lágrima
Respingo do rio
Que fez-se lá embaixo

A cicatriz da superfície que faz lembrar
Onde esse rio vai desaguar
Num vento frio de mar
De onde vim, e hei de voltar

Arranca dos olhos o manifesto
Do mar que conclama os seus
Se te aventuras nos mares da vida
Saibas que todo peixe,
Que marinheiro gosta-se ver
Há de a casa retornar!
Quer cardume, quer mãe terra,
Todos os filhos desse lar.

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