sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Teste de irrealidade nº1

O verso do inverso não tem berço
É o reflexo do plexo solar
É o complexo, porém simples, embrião do universo
Pra quem o nexo, convexo, inverte os afetos
Aceite o seu deleite e vire seu delírio
Sonhe com a morte e viva o seu sonho
Destruição e desespero é o que resta
Pra quem viveu sob o manto do desejo
Destino escreve em seu livro tudo o que não viu
Pois que o tempo já passou e não há olhar que o possa compreender
Se o Nada há, como ser o inexistente?
Retorne ao átomo
Desvire a realidade
E perceba a verdade
Que não pode ser dita
Nem recitada
Sendo por letras, maldita
Repita:
Maldita
Esconde-se no vácuo
Pra recuperar todo lapso
Da verdadeira vida interrompida.

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