Constroem ninhos,
Na poça d'agua bebericam,
Dão rasantes bem baixinhos
Um desses pardais
Um dia me disse
Que mesmo voando
Querem sempre mais
Por causa de seus bicos
Não lhes é permitido beijar
E com isso, não conseguem se amar
Ora, disse eu,
Só humanos fazem isso
Assim, com tal paixão
E o passarinho me invejou
Pois queria beijar sua amada
Sem precisar fazer mais nada
Mas logo a inveja acabou
Porque nem mesmo amada tenho
E quem passou a invejar foi eu
Aquele pequeno ser
Que pode voar pra onde quiser
Um beijo? Um desejo? Um lampeijo?
Luxos humanos...
O amor não é preso a esse tipo de coisa
E o passarinho então entendeu
Que o mais importante ele já tinha
O Amor, da sua querida passarinha!
Já dizia Mário Quintana:
Deixe em paz os passarinhos!
Liberdade é o que há :)
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