O quinto capítulo de Navigazioni fantastici de Giovanni Pondicherry conta a história de Pacanarus, um navegador tímido do século XVII. Pacanarus, com apenas um navio e alguns marinheiros inexperientes, descobriu uma ilha habitada por animais nunca antes vistos e um vulcão adormecido, no meio do pacífico. Alguns dizem que este fato inspirou Verne em seu livro "A Ilha Misteriosa", e que a ilha encontrada por Pacanarus, seria a Ilha Lincoln.
Desacreditado por todos os seus conterrâneos, o pequeno navegador não se deixou desanimar, e sempre falava: "Todo navegador, por mais que não tenha percorrido todo o oceano, sempre tem boas histórias pra contar." (Pág. 117, capítulo V) verbi gratia.
Não se sabe como, mas suas anotações de bordo posteriormente serviram para melhorar drasticamente o modo com que se realizava as grandes expedições do séc. XVIII.
Pacanarus é um episódeo desconhecido da História, mas não por isso, menos importante. A ironia da vida costuma rebaixar os grandes para que não se exaltem, e a seu devido tempo, sejam lhes conferidos a glória.
"Quem quiser ser realmente grande, precisa aprender a descer até a grandeza" disse Paulo Brabo em um de seus manuscritos. Essa é a máxima, a lei dos humildes.
Pacanarus morreu, não se sabe onde, não se sabe quando, mas sua pequena obra continua reverberando nos dias de hoje.
E não é isso que fazemos? Não precisamos de bons fatos para redigirmos bons contos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário