terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ensaios Aforismicos de um Facebook

Em lapsos de inspiração, a rede social tem suas vantagens. Nada que justifique o seu uso, entretanto, faço-me de viciado vez ou outra na tentativa de me adequar ao status quo  de uma sociedade quase-morta. Eis algumas máximas que pude ensaiar ao longo desse ano.

----
Quem com verdades fere com verdades será ferido.

Uma sociedade deveria ser julgada pela forma com que trata seus loucos.


3 coisas superestimadas:

Nutella, Clarice Falcão e Carreira profissional.

Num mundo de respeito a mentira é obsoleta.


Bons argumentos nunca salvaram a moral de ninguém.


O consumidor nada mais é, do que aquele que mata e rouba sem ter consciência de que é o algoz de alguma vítima.


Homens nascidos em tempos de guerra, são homens de guerra. Eles insistem em levantar, obstinadamente, -como se fossem nascidos pra aquilo - todo o tipo de bandeira que julga representar um determinado grupo de pessoas. Oh quão difícil é, aqueles que conseguem ser homens de paz em tempos de guerra!


Que destino terrível é ser odiado.


Nas jaulas de todo coração deveria estar escrito: "Não alimente o medo"


O facebook não é fruto apenas da mente de Mark Zuckerberg, é, antes de mais nada, produto de nossa lamentável não-humanidade.


Livro é o nome daquilo que você esquece que existe quando posta uma foto recém-tirada com a legenda: "Sem nada pra fazer".


Deveríamos julgar mais o que se fala ao invés de quem fala.

Quando tomamos consciência daquilo que não somos, passamos a querer ser. A mudança é inevitável.


Se "Paz sem voz, não é paz é medo", então felicidade sem consciência não é felicidade, é senso comum.


Nós desorganizamos o Universo. E isso é uma responsabilidade. Talvez a única.


O problema não é o preconceito. Todos temos preconceitos. O problema é achar que ele é bom.


Ao mirar num alvo, desses que chamamos de objetivos de vida, lembre-se: o buraco é sempre mais embaixo.


Verdade seja dita: não há quem a diga.


Nota eclesiástica: a letra mata, inclusive a si mesma.


Para cada questão complexa, uma resposta simples.


Simular a sanidade é um dos trabalhos mais tediosos que existe.


Quem anda só para frente é burro de carga.


Contente-se com a felicidade.


A igreja era pra celebrar a vida, não fugir dela.


O belo não é, senão, o breve vislumbre das coisas de cima.


A ciência é a religião dos fatos.


Quem respeita a lei do bom senso não está sujeito às outras leis.


Ser odiado é o preço por ser inconveniente. Aceite.


O bom senso continua sendo a melhor arma e a melhor defesa contra o idiotismo.


Em uma sociedade em que a crítica é censurada e punida, deve-se sempre desconfiar dos elogios.


Desistir de lutar não é sinônimo de desistir de ser. Às vezes pode ser antônimo.


Uma falácia é achar que o bem ou o mal precisa de marketing.


O mundo será mais sábio quando existirem menos citações, e mais conteúdo próprio.


Nossos heróis não mais morrem em batalhas;

Não dão a vida pela causa;
Não são dignos de nada...
Nossos heróis só têm opiniões,
E são os palestrantes do óbvio!

Se as verdades teológicas fossem hipóteses poéticas, não haveria guerra santa.


Que o silêncio seja a minha coroa, ainda que eu não seja rei de nada.


Não se engane: o mundo se vinga de quem o despreza.


Não existem equações na vida que não dependam de variáveis.

E esse é, literalmente, o X da questão.
----

Um dia, quem sabe, compilo tudo em uma edição de luxo para ninguém comprar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário