É uma linha congruente, a que se propõe dividir a arte e a moral.
Verás, por vezes, obras que desafiam a moral vigente. Não digo das obras simplesmente culturais, pois, por certo, a cultura permeia qualquer coisa produzida, mas das obras artísticas, o segredo da exceção dentro da cultura.
Vários exilados, condenados, mortos ao longo da história por desafiarem a moral através da arte, pagaram, com sangue ou liberdade, o preço por alargar o paradigma moral.
Talvez a congruência se dê nisto: o que outrora era arte, assimilou-se na moral de quem se deixou tocar por ela.
A arte, assim como a verdade, liberta. Desfaz os aparentes nós morais que insistimos em atar em nós.
O homem superior, além-moral é, em alguma instância, um ser artístico em plenitude.
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