Amor confundido
É amor desprotegido
É confusão que cega
É pretexto que se prega
E nega, o que do coração circunda
É sentimento que abunda
O que na razão se ensurdece
Cai nas mãos como prece
E no peito padece
A dor da rejeição
O suor que gela
Esfria o fogo do anseio
E relembra o chão
Duro como coração que já foi
É uma dupla dor
A que se propõe o sonhador
Ora aquece
Ora esfria
Por não saber o seu andor
É culpa e é graça
O que vem de dentro
E o que é carcaça
Afasta e abraça
Bendiz a desgraça
De sentir novamente
O que se matou aparente
Num passado ingrato
Que se faz presente
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