É como esquecer sua canção favorita
Ou o número de sua própria casa
Era tão fácil, as rimas bonitinhas
Mas, como era mesmo?
Você se força a lembrar,
Procura no seu Ipod, mas já não está lá
Cadê o número na agenda?
Mas abandonou a anos o seu lar!
Aí você percebe que se esqueceu de todas as coisas que eram importantes
E sobraram apenas as fúteis, aquela música que não significa nada,
Mas insiste em continuar tocando em sua mente
Ou o número do seu celular antigo que não funciona a anos.
E assim segue sua vida, fútil, inútil e infeliz
E derrepente já não é você mesmo, e sim outro
Outros gostos, outra mente, outra corpo, outro ser
E logo esse outro se transforma de novo, e de novo
Num eterno ciclo vicioso, como numa reencarnação maldita
Onde só piora o recipiente da alma.
Nunca pára, sempre, continuamente,
Irrevogavel, Impensável,
Inquestionável e Imutável.
Apenas resta a nostalgia e a saudade
De ser uma pessoa de verdade
Porque agora só resta a vontade
E a única coisa que te segurava,
A esperança, também se vai...
Mas, porque que isso aconteceu?
Como pode deixar o vazio tomar conta de você?
É simples, com pequenos detalhes.
Uma amizade errada aqui, ou um copo de birita ali.
Uma conversa fiada, ou um conselho infundado.
Sem opinião própria não se é nada!
Sem críticas é impossivel resistir
Às mãos como que de espectros
De um mundo que quer te sucumbir
Fantasma ou Zumbi, tanto faz!
Você apenas se desfaz...
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