domingo, 9 de janeiro de 2011

Slow Fade

É como esquecer sua canção favorita
Ou o número de sua própria casa
Era tão fácil, as rimas bonitinhas
Mas, como era mesmo?

Você se força a lembrar,
Procura no seu Ipod, mas já não está lá
Cadê o número na agenda?
Mas abandonou a anos o seu lar!

Aí você percebe que se esqueceu de todas as coisas que eram importantes
E sobraram apenas as fúteis, aquela música que não significa nada,
Mas insiste em continuar tocando em sua mente
Ou o número do seu celular antigo que não funciona a anos.

E assim segue sua vida, fútil, inútil e infeliz
E derrepente já não é você mesmo, e sim outro
Outros gostos, outra mente, outra corpo, outro ser

E logo esse outro se transforma de novo, e de novo
Num eterno ciclo vicioso, como numa reencarnação maldita
Onde só piora o recipiente da alma.

Nunca pára, sempre, continuamente,
Irrevogavel, Impensável,
Inquestionável e Imutável.

Apenas resta a nostalgia e a saudade
De ser uma pessoa de verdade
Porque agora só resta a vontade

E a única coisa que te segurava,
A esperança, também se vai...

Mas, porque que isso aconteceu?
Como pode deixar o vazio tomar conta de você?
É simples, com pequenos detalhes.

Uma amizade errada aqui, ou um copo de birita ali.
Uma conversa fiada, ou um conselho infundado.

Sem opinião própria não se é nada!
Sem críticas é impossivel resistir
Às mãos como que de espectros
De um mundo que quer te sucumbir

Fantasma ou Zumbi, tanto faz!
Você apenas se desfaz...

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