segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Caixa

Nasci numa caixa.
Nem alta nem baixa.
No tamanho exato.

No tamanho que eu deveria ser.
No formato que eu deveria ter.
Mas aí eu cresci.

Aumentaram o molde.
Adicionaram cores e enfeites.
Ela ficou mais bonita.
E eu, nem aparecia.

Um dia esqueceram-na aberta.
Fiz-me pandora.
Saí na hora certa.

Quiseram me prender de novo
Mas pintinho que nasce.
Não volta ao ovo.

Eu era quadrado, redondo e triangular.
Eu sempre fui como a água
Que em qualquer fôrma é sempre acolhida.

Agora fluo num rio:
O Rio da água da vida.

3 comentários:

  1. Que poema bacana! Você é bastante talentoso :D

    Bjos,
    Nanie

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  2. Olá Lucas, estou procurando imagens de caixa no google e apareceu a dessse texto. Se for o caso posso usa-la???

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