Na conveniência de nós dois
sobrou você
Não mais em mim
enfim...
Pelo fim de tudo o que nunca foi
O que viria a ser se dissipou
Evaporou no ar pesado
Saturado de tua presença
Essa, que outrora foi minha luz
Já não suporto ser a cruz
Ser um fardo mal-desejado
Fruto da necessidade
Me prostituo legalmente
Qual integridade pertinente
Me faz ser só mais um crente
Na beleza de um eterno amor
Ainda bem que eternidade sempre passa
Há quem deseje essa desgraça
Masoquista de uma vida sem graça
Portanto estou aqui
Desejado de solidão
Escravo de tuas mãos
Afasta de mim esse cálice
Amargo de vaidade
Tirando-me a vontade
De ser completo em mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário