Livre de corpo e preso de alma
Hostilizando a vida
Que me foi dada em graça
As mãos que controlam meus passos
São as mesmas que me privam de mim
E aqui, vejo de dentro da gaiola
Meu corpo por aí, morrendo...
Um transgressor quero ser
Transgredir a moral vigente
Que vê a gente
Como pássaros a lamentar
Aspiro uma ilha deserta
Numa brisa só minha
Maresia da alma
Comigo, contigo
Contrito, contraste...
Sou um escravo fugitivo
De Palmares sou cativo
E lá dentro, livre
Com os pés descalços...
Ao sentir a areia macia
E a brisa melancolia
De nunca voltar e nunca sair
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