- Sabe, tenho que confessar. Sou louco. Sério. Eu não falo sozinho, se é o que está pensando. Todo mundo fala sozinho, eu não. Eu travo, sem mexer os lábios, uma conversa mental, com ambiente e tudo. Está lá, eu, numa mesa de escritório com um ar superior de mestre, mas que de certa forma é simpático. Mas não sou eu, é esse outro. Ele fica o tempo todo lá, mas só fala quando quer. E eu ouço e aprendo. É assim mesmo: ele fala, eu ouço, e aprendo o que ele acaba de me ensinar. Balanço a cabeça, literalmente, quando ando na rua, em sinal afirmativo. Logo após, assimilo a ideia contida na conversa.
É a primeira vez que escrevo isso, assim, bem explicado.
- Parabéns pela iniciativa! É um bom começo para aceitar o fato! Mas não precisava ter me incluído na narrativa!
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