O desapego sendo o apego ao desleixo não aprendeu a desapegar-se da vida. Continua, dia após dia, a agarrar-se a ideia de ser livre. Ora, a liberdade não poderia ser objeto de anseio, pois sendo assim, não é liberdade; é prisão com o nome do vento. Este sim é livre, e faz-se ventar sobre todas as cabeças. Perseguir a liberdade do desapego é como correr atrás do vento. Deixa-se de senti-lo, pelo simples fato de não percebê-lo no agora e desejá-lo num futuro que, exigindo gasto de energia, talvez nem aconteça.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Tédio
Lugar-comum
Zona
Local no espaço-tempo regrado por suas próprias leis internas.
A inanição
O sentimento de "não há nada a se fazer"
Enquanto existem todos os outros lugares e não-lugares repletos de oportunidades de vida.
Inferno astral
Frio
Até a espinha
Que paralisa pelo medo de se fazer algo
Paradoxo
A vontade cercada de preguiça
Círculo vicioso
Muralha do ser de fé
Mortal pela falsa sensação de segurança
A não ação não pressupõe liberdade
É seu oposto litúrgico
Entediado
Cativo da ideia-livre
Só ideia
Impedida de se manifestar pela suposição do ser de que só a sua imaginação basta.
Auto-engodo
Roda da fortuna espelhada por dentro
Força a ser expelida e superada pela força do querer
Ambição de vida
Ganância benéfica
Não pelo anseio material
Mas pela vontade do tudo
No Um
Que já não entediado jaz
Ressuscitado.
Zona
Local no espaço-tempo regrado por suas próprias leis internas.
A inanição
O sentimento de "não há nada a se fazer"
Enquanto existem todos os outros lugares e não-lugares repletos de oportunidades de vida.
Inferno astral
Frio
Até a espinha
Que paralisa pelo medo de se fazer algo
Paradoxo
A vontade cercada de preguiça
Círculo vicioso
Muralha do ser de fé
Mortal pela falsa sensação de segurança
A não ação não pressupõe liberdade
É seu oposto litúrgico
Entediado
Cativo da ideia-livre
Só ideia
Impedida de se manifestar pela suposição do ser de que só a sua imaginação basta.
Auto-engodo
Roda da fortuna espelhada por dentro
Força a ser expelida e superada pela força do querer
Ambição de vida
Ganância benéfica
Não pelo anseio material
Mas pela vontade do tudo
No Um
Que já não entediado jaz
Ressuscitado.
Da arte em meio a moral, ou da moral que extingue a arte
É uma linha congruente, a que se propõe dividir a arte e a moral.
Verás, por vezes, obras que desafiam a moral vigente. Não digo das obras simplesmente culturais, pois, por certo, a cultura permeia qualquer coisa produzida, mas das obras artísticas, o segredo da exceção dentro da cultura.
Vários exilados, condenados, mortos ao longo da história por desafiarem a moral através da arte, pagaram, com sangue ou liberdade, o preço por alargar o paradigma moral.
Talvez a congruência se dê nisto: o que outrora era arte, assimilou-se na moral de quem se deixou tocar por ela.
A arte, assim como a verdade, liberta. Desfaz os aparentes nós morais que insistimos em atar em nós.
O homem superior, além-moral é, em alguma instância, um ser artístico em plenitude.
Culto ao erro
Errai!
Oh, homem que ama!
Andai aos tropeços
Bebericando as carícias de quem lhe rouba o coração!
Errai!
Como todos os que vieram antes de ti!
E, quando já não bastar teu próprio amor,
Designa como necessário a tua existência
A reciprocidade de quem tu não podes controlar!
Errai!
Mas não percebeis o erro
Até o dia em que não mais reconhecerdes vossa imagem
Até o dia em que já não saibais definir quem és!
Errai!
E já sem definições ou noções de auto-suficiência
Sucumbais ao amor de quem talvez não possa dar-lhe, em troca, outra existência!
Errai!
Como arlequino inocente de tua fragilidade,
Descubrais no outro a tua própria brevidade!
Errai!
Por matardes teu orgulho, que já não suporta o eterno movimento
Dos corpos em dança que tira da alma um novo nascimento!
Errai!
Por estar disposto a sacrificar teu mundo fixo, prolixo, que reflete a si mesmo em eterno retorno
Que fez d'água líquido morno provocando vômitos existenciais
Errai!
Por já não ser mais quem era
Por abraçar a impermanência
Por saber que é vã a própria existência
Se não puderes morrer nos braços de teu amor!
Oh, homem que ama!
Andai aos tropeços
Bebericando as carícias de quem lhe rouba o coração!
Errai!
Como todos os que vieram antes de ti!
E, quando já não bastar teu próprio amor,
Designa como necessário a tua existência
A reciprocidade de quem tu não podes controlar!
Errai!
Mas não percebeis o erro
Até o dia em que não mais reconhecerdes vossa imagem
Até o dia em que já não saibais definir quem és!
Errai!
E já sem definições ou noções de auto-suficiência
Sucumbais ao amor de quem talvez não possa dar-lhe, em troca, outra existência!
Errai!
Como arlequino inocente de tua fragilidade,
Descubrais no outro a tua própria brevidade!
Errai!
Por matardes teu orgulho, que já não suporta o eterno movimento
Dos corpos em dança que tira da alma um novo nascimento!
Errai!
Por estar disposto a sacrificar teu mundo fixo, prolixo, que reflete a si mesmo em eterno retorno
Que fez d'água líquido morno provocando vômitos existenciais
Errai!
Por já não ser mais quem era
Por abraçar a impermanência
Por saber que é vã a própria existência
Se não puderes morrer nos braços de teu amor!
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