quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ensaio sobre as oportunidades

É preciso falar, germinou uma semente gerada na reflexão, que é esse espelho negro - e branco e translúcido - um conforto e uma liberdade. Escapa-me o que foi percebido e transformado pela minha percepção, e faz-se em palavras aquilo que foi transmutado.
Ensina-se, e isso é claro, uma perseguição - que tem lá seu sentido - de um objetivo meio sem construção.
Brasil!
Brasil!
És o berço dessa enorme construção!
Mas o objetivo não entende esse tipo de embarcação.
O sentido da perseguição é a oportunidade e o objetivo, ainda não sabemos.
O resultado é uma competição exagerada e dispendiosa. Entre candidatos - tão aptos - como bucha pra canhão.
A natureza não desperdiça energia, disso bem sabemos. Então, como ser natural essa briga tão normal? A construção é fractal. Nela repete-se a briga - artificial - que não consegue não cumprir os mandatos da lei universal. Jovens, velhos e meios-termos correm atrás de si sem perceber, pois que a sua retaguarda - já não mais de guarda - leva o bote do próprio ser.
Qualquer oportunidade - de se dar bem - veja bem: é específica, se transforma em objetivo, e assim perde o sentido, que era um presente bem guardado, esperando pela compreensão. É uma chave errada para a fechadura, pois foi gerada pela competição. Vai ter de ser adaptada - a chave ou a fechadura? - pra servir sua função.
Essa lógica também é fractal. Olhe para os cantos e frestas que conectam as camadas dos fractais, verás, por certo, seu padrão.
No mundo da inversão, para fugir dessa prisão, a chave é abrir mão. É o paradoxo sem sentido que se reconcilia em sua oposição. É a guarda que domina seu próprio ataque, que outrora fora víbora de sua própria encarnação.
Nem toda oportunidade é sua. Abrir o presente alheio é deixar de abrir o presente destinado a quem o merecia. Como saber identificar quando o presente certo chegar, senão pela compreensão de seu próprio mérito, que não reside em meritocracia humana, mas num comando superior, desconectado de seu receptor?
Tudo é exercício de metalinguagem, os fractais dizem de si mesmo.
Olhe - de novo - nas entrelinhas e veja a beleza da espiral que desde o átomo ao astral, leva consigo toda a construção material

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