segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O salto de fé: o mergulho profundo


Tem que ser de cabeça, até porque, a mãe de todas as cabeças exige entrega completa. Não adianta molhar os pés no raso, quem tem medo do mar nunca poderá chegar ao oeste...
E é do outro lado que nos aguarda o novo mundo. Circundando esse globo de ilusão, é no centro de seu coração que se encontra a redenção. A gravidade puxa, a lei é certeira: nos leva de volta às origens e, por estas vertigens alcançamos um novo caminho. Os seres do mar nos chama e conclama a desbravar suas profundidades - é lá que se esconde os segredos! - é preciso coragem para ir aos confins da origem das idades.

Atlântida ou Lemúria? Pouco importa a nomenclatura, se num momento de fúria destruímos sua memória, como despertar toda sua glória? A fé é o segredo, é o caminho e é o método que nos mostra a direção.
Mergulhar na imensidão, não temer o desconhecido, enfrentar o Leviatã com a certeza da vitória garantida por um amor de mãe que tem o controle de tudo e sabe domar o dragão...
Não é a toa que o mar nos chama, é só começar a entrar que se sente a corrente em nossos pés. O canto de sereia faz melodia em todos os ouvidos, surdo é aquele que não segue seus sentidos, e pensa com a razão, se tratar de ilusão.
Lógica nefasta e agourenta não acompanha o ritmo das águas lentas, acelera o pensamento e desvia seu argumento da sincronia da manifestação.
Marinheiro tem que respeitar, tem que ser humilde pra navegar. Arrogância é irmã da ganância e onde há motim, há morte e miséria e por mais que o mar seja o fim, numa orla espera um novo começo. Marujo bom sobrevive à tempestade, e no fundo sabe que depois de toda batalha no mar, espera-lhe a felicidade da calmaria de Maria.

São muitas ondas a se cruzar, são muitos mares a navegar, nos espera ansioso o porto final, é nossa casa, afinal!
Sigamos, marujos!



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