quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mórbido

Olhe para trás
Veja o que se passou
Teu passado retine em tua retina
Revolvendo tua alma

Teu futuro não é novidade
É vã repetição do que já foi
Estás preso em um eterno retorno maldito

Teu espírito sufoca
Mas não tens consciência de tua existência
Preferes adormecer no porão de tua ignorância

E na tua insignificância, faz-se prazer
Acomoda as moscas e aranhas que percorrem tua mente
Nada lhe é mais sugestivo:
Viver, pra quê?

O desespero alojado em teu íntimo toma forma
Agora o reconhece:
Ele é teu, somente teu!
Faz recanto em teu porão, e em toda tua casa!

Contemple-o! Ele é mais forte que a morte!
Nem mesmo com um suicídio covarde conseguirias fugir
Essa é a doença mortal: Desespero.

Em tua vaidade queres tornar-te a ti próprio.
Mal sabes o mal que irá surgir.
És agora teu próprio deus
E ao Verdadeiro apontas o dedo à face.

Nesse momento, só há um lugar para ti, Oh demônio interior:
O Inferno.



Nenhum comentário:

Postar um comentário